Rosa amarela


A tarde cessava, prosa, nebulosa
Suspirava, fluía, ode graciosa
Que coisa bela
Rosa amarela
Fulgura, incessante
Na minha janela

O sol jazia
Acordes, notas, melodias
Botequim irradia charme
Canto à poesia

Envolto, submerso, brindo a candura
Trago o orvalho, a bruma e a doçura
Afago o violão, suplica o meu coração
Cambaleio trôpego, ave à formosura

Embalo utopias, vejo querubim
Faço mil acordes no meu tamborim
Aniquilo, desalento, a minha tristeza
Faço dos meus versos, uma fortaleza

A moça bela, a mesma
Rosa amarela
Rubro sol da tua boca ardente
Desatina, oh, bela, Florbela

Emana deleitosa
Um quê de jasmim
És um alecrim, uma flor
Que desfila no meu botequim

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Comentários

  1. Linda essa poesia Gustavo...tem um lirismo forte, que transforma a cadência da leitura num ato prazeroso...Parabéns!!

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    1. Muito obrigado, Mauricio! Gostei muito das suas poesias, meu caro. Abraço!

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  2. Era uma vez um texto de grande expressão poética que aspirou ser letra de samba,ou tentaram torná-lo tal. É ...parece que não ia funcionar mesmo. Letra de samba, ou apenas um samba, tem a sua força , uma vitalidade semiótica,uma expressividade calcada em sílabas, síncopas e símbolos, quando é "casado/casada" com uma melodia que a/o reitere,reforce,enfim,produza-se um imbricação entre texto e melodia,impossível vê-los separados ( LuizTatit- "O cancionista"). É assim mesmo,não conseguiu ser samba,mas tem uma incrível força poética. Façamos pois um samba, a música já esta pronta.

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