Bar e Lanchonete Bigode

Meus caros PPP's hoje é dia de fazer barba e bigode, ou melhor, somente a barba. Preservamos o bigode, caros leitores nietzschianos.

"Leminski sobrevive na metonímia do seu bigode". Li isso num blog e filosofei sobre o bigode. Obviamente, não sobre o bigode do Leminski, mas sim de todo o bigode.

O bigode como instituição nacional. O bigode como patrimônio cultural do planeta, com direito ao tombamento pela Unesco.

Segundo o site Brasileirinho, Chico Buarque manteve o bigode na ditadura militar, por um período, justamente como símbolo de protesto à censura.

Parem as máquinas! Pasmem! O bigode como símbolo de resistência política.

O bigode não só como adorno de estética. Adeus ao bigode, entendido apenas como uma ínfima camada da barba sobre o lábio superior.

Pelo direito sagrado do bigode ser transformado em metonímia.

Vamos hoje ao Bigode, meus caros?

Trocando em miúdos, todo esse nhém-nhém-nhém, como diria o cabrón da Sorbonne, para chegar no genuíno Bar do Bigode. Genuíno, no sentido literal da palavra, nenhum trocadilho com o José Genuíno, que coincidentemente, também cultiva ao longo das primaveras, um insigne bigode.

Nobres nietzschianos, leminskianos e mercuryanos, façamos uma visita ao Bar do Bigode. Supra-sumo dos botequins do Jardim Paulista, região central de São José dos Campos.

O nosso bigode tupiniquim é da estirpe scolariana, a la pampas gaúchos. É um nobre excerto, digno das páginas dos "Contos gauchescos".

Sem pretensão de fazer jabá, mas sem sombra de dúvidas, o melhor botequim na relação custo-benefício da cidade.

Você faz barba e bigode, sem o ônus da mais-valia.

É de sair de lá, com o bigode vertendo a nossa gordura do dia-a-dia.

Hasta la vista, caros bigodianos.

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