A mãe compunha, fatalmente, o segundo grupo. Foi subjugada e não suportou
o fardo existencial. Sucumbiu ao uso excessivo do álcool. Vagava pelas ruas,
desfalecida, como quem procura ao longo do caminho, um terreno qualquer, para
deixar o volume insípido dos flagelos.
- Foi matar o porco, Eleonora? – questionou Fumaça.
Eleonora entrou rapidamente no bar, sem retrucar. Manda quem pode,
obedece quem tem juízo, pensou resignada.
Jair, inerte no seu canto, teve um transe quando percebeu a entrada de
Eleonora. Fora subitamente despertado do estado soporífero.
Quebravam-se os muros da letargia, com golpes lancinantes do desejo.
Ensaiou versos trôpegos, que foram abruptamente rompidos, pela azáfama dos
passos de Eleonora.
O gume visceral o dilacerou com a lâmina da clarividência. Pressentiu o
futuro. Vislumbrou no horizonte, o cruzamento com gametas, espargidos em laivos
deleitosos. Flanou pelo Centro à procura de respostas, inoculado pela virulência
do amor.
Hummm demorei pra pegar, li todos agora e realmente está muito bom Gustavo, parabéns. aguardando as demais partes.
ResponderExcluirMuito obrigado, Bete! Terminando os capítulos finais.
ExcluirBeijo!