A beleza da manhã é:
Uma ode ao amanhecer; pensar o dia, meditar, resplandecer.
Contemplar a beleza do orvalho e no fundo ouvir serenamente a cantilena poética de um Zé Ramalho.
O despertar das utopias: bradar contra as injustiças e vislumbrar um novo mundo, com novas sinfonias.
Efusivo, escrever o nome dela no espelho do banheiro e perscrutar o seu cheiro.
Rir freneticamente guiando os dedos no vapor, com o corpo eriçado, sentindo um leve torpor.
Sorver um pingado, completamente desconectado, ignorando a velha falácia de ser informado.
Chutar tampinhas na rua, com espírito juvenil, mandando às favas os que me rotulam de senil.
Dançar um rock iê-iê-iê, fazendo pilhéria com os prognósticos do calendário Seicho-No-Iê.
Grafar um "lave-me por favor", no vidro sujo de um carro abandonado, sem medo nenhum de ser ultrajado.
Refutar as tolices de um Reinaldo Azevedo e acreditar na ludicidade de um brinquedo.
Refutar as tolices de um Reinaldo Azevedo e acreditar na ludicidade de um brinquedo.
Pensar na simplicidade da vida, de papo pro ar; desprezar o panfleto que anuncia "as maravilhas do Black Friday", que nem cogito a sondar.
Cantarolar um Cartola: "Alvorada/lá no morro, que beleza/ninguém chora, não há tristeza/ninguém sente dissabor".
A beleza da manhã é...
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Uma beleza de texto.
ResponderExcluir"E logo vai amanhecer. Os trabalhadores vão se levantar e vão procurar por mim no estaleiro, e dirão: ele tá bêbado de novo." Buk
ResponderExcluirAs manhãs dos poetas vagabundos como eu ,começam quase ao meio dia ,sempre conversando ''sozinho '' e resmungando baixinho o novo velho dia que acaba de começar. Tropeço na poça de vento, que a areia na noite cansou de cavar tentado reter o carinho dos momentos que o mar deixou no lugar....Mas logo passa apressado, um trabalhador desavisado, chorando um amor derramado, pisa me cima do meu dia,não vendo a minha poesia,no chão do seu dia se desmanchar.
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