Por bares nunca dantes navegados: do Vietnam ao Amazonas



A Meca dos pescadores em São Paulo tem nome e endereço certos: Bar do Plínio, Casa Verde, Zona Norte de São Paulo. Ambiente extremamente familiar, tem clima de cidade pequena. O simpático Plínio nos recebeu com pompas e foi logo dando uma sugestão de entrada: o famoso rabo-de-saia. É um delicioso bolinho de traíra com espinafre, queijo parmesão e pimenta vermelha. O Plínio, dono do bar, evidentemente não é o Plínio Marcos, mas seguramente tem uma repertório que faz frente ao falecido dramaturgo. Coisas de pescador! Enquanto degustávamos a entrada, lembramos do poetinha:
Traz uma tainha gorda para Maria Mulata, 
Vai com Deus! daqui a instante a sardinha sobe, 
Mas toma cuidado com o cação e com o boto nadador, 
E com o polvo que te enrola feito a palavra, pescador”. 
Plínio deu o ar das gracas novamente e deu outra sugestão. Percebemos o cosmopolitismo dos pratos; agora iríamos viajar do Vietnam ao Amazonas. A sereia gastronômica é composta de anchova negra, pangasso e aruanã. Um direto do Vietnam, outro oriundo do litoral brasileiro e pra finalizar, um do Amazonas. Vale a pena esse delicioso passeio pela Casa Verde, sem dissabores e ouvindo um Caymmi ao fundo:
Minha jangada vai sair pro mar, 
Vou trabalhar, meu bem querer, 
Se Deus quiser quando eu voltar do mar, 
Um peixe bom eu vou trazer”.

Leia também: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/comida/39054-historias-de-pescador.shtml


Comentários

  1. Pelo jeito vocês comeram mais do que beberam!kkk

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Verdade Douglas! Os peixes são deliciosos meu caro. Vale a pena fazer um pit-stop por lá. Abrazo!

      Excluir
  2. Trabalho de campo, sexta-feira, sol escaldante, quando recebi aquela mensagem: "Que história é esta de tomar sozinho", vi que o velho fígado auto-lipante ia ter que trabalhar duro no final de semana. Lembrei-me das palavras do velho professor Marcelo: "Os Daltons estão chegando". Estava iniciada a epopéia, primeira parada Ibotirama - mistura de Jethro tull e Praça Kantuta ao vivo, da-lhe Paulistânia estupidamente gelada, para calçar o estômago a famosa sardela do Luna e duas jarrinhas de vinho, na sequência Estadão/Dipos...
    Plinio, Bar vermelho, Copo sujo, Bar do João, Ressaquinha e um pouco de utopia no ECLA cairam bem. Denortiz

    ResponderExcluir

Postar um comentário