Quiosque do Cozido

O Quiosque do Cozido
Texto escrito pelo grande poeta Francisco Maia.

 
Quando penso em boteco, logo vem na minha mente o Quiosque do Cozido. Cozido é o dono do bar. É um quiosque localizado na beira da via Dutra, em Taubaté, embaixo de árvores que dão a sombra em dia de calor e o vento sopra refrescando os corpos que por ali buscam arejar a mente e dar descanso ao espírito. É um lugar bem calmo e acolhedor onde todos se conhecem e por muitas vezes compartilham as suas cervejas. No quiosque do Cozido tem torresmo, sardinha, ovo de codorna e lógico a amarelinha do pimba, uma pinga que esquenta a alma e não queima a garganta.
É no Cozido onde se pode encontrar diversas raridades, bem como frases inusitadas “tem um filho da puta roubando as minhas flores para levar para a mãe que tá na zona”, essa fica em uma placa junto do seu jardim. Sem falar que o Cozido tem um fogão à lenha e sempre sai uma comida boa para os freqüentadores. Já tive o privilégio de saborear uma vaca atolada, quirerinha com costelinha de porco e o feijão gordo, logo ao lado é a vez da churrasqueira fazer a sua existência valer a pena. Os eventos no bairro são todos programados lá, aniversários, jogos, festas típicas e não poderia faltar o famoso solteiros X casados, organizado pelo dono.
Esse boteco tem o seu glamour na chegada e na saída, pois tem um morro para descer até lá e na saída é o mesmo para subir, então a coisa fica difícil para boêmios que por ali passam a noite toda deliciando com o bom papo, a mesa de bilhar, uma cerveja gelada e uma amarelinha na mesa.

 

Comentários

  1. Fico imaginando como deve ser esse morro. Deve ser pouco íngreme, hein Chicão...hehe...

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