Lembrando o mantra do mestre Xico Sá de que bar "não depende de frescura, depende de espírito", adentramos ao Copo Sujo, bar mais urdenground de toda Bela Vista, centro de São Paulo. Não digo no sentido metafórico, o nome do bar é realmente esse, Copo Sujo.
Vem-me à memória um bar de Franca, interior de São Paulo, cujo lema era: "copo-sujo sim, porém cerveja gelada". O Copo Sujo, da Bela Vista, é mais um dos clássicos do gênero.
Vem-me à memória um bar de Franca, interior de São Paulo, cujo lema era: "copo-sujo sim, porém cerveja gelada". O Copo Sujo, da Bela Vista, é mais um dos clássicos do gênero.
Logo na entrada, uma legítima jukebox nos introduz no clima do bar. A genuína "acabar com a cachaça", de Pepe Moreno, era o hit do momento, tocado na engenhoca. Um dos clipes mais bizarros que já vi em toda a minha vida. Ossos do ofício de um pseudo-cronista dos costumes.
Um colorido ovo cozido resplandece entre as iguarias. Era possível fartar-se com a abundância da estufa. Na cozinha anarco-punk, uma porção de carne era preparada pelo chef.
Aventuro-me fotografar a chapa e consigo captar a cara do cozinheiro no momento. É visível o sentimento de reprovação. Creio que me atribui a um fiscal da Vigilância Sanitária.
Como um mestre em artes marciais, prevejo o golpe fatal, e digo ao encolerizado cozinheiro que sou um reles blogueiro; tal o motivo da foto. O cozinheiro faz um sinal de anuência com a cabeça, mas paira no ar uma inquietação gritante. Flagro dizendo a um cliente, "arre égua que diabo é isso de blogueiro". Creio que não entendeu bulhufas. Sorte ou azar meu.
Uma cena insólita rouba a minha atenção. Uma morena, de unhas negras e íris cor de mel, lambuza-se com um torresmo. Eu receberia as piores gorduras dos seus lindos lábios. A gordura goteja feito ácido, como também era o entardecer na Paulicéia.
O filme Barfly, originalmente gravado nos EUA, encontraria um cenário ideal no Copo Sujo, caso os produtores resolvessem produzir um remake nacional. O "Velho Safado" ficaria lisonjeado com a paisagem e toda a sua fauna humana.
Minutos depois, confusão na rua. Briga generalizada. Um cidadão está estirado no chão. A fuzarca é geral! Nem a briga é capaz de ofuscar a movimentação. Crianças empinam pipa na rua. O churrasquinho de gato na frente do bar continua tranquilamente e "la dolce vita" segue radiante. Como diria o locutor esportivo, "siga la peleja".
Depois de todo fuzuê, enfim, chega a hora de tirar o time de campo. Penso em sugerir para o proprietário a mudança do nome do bar. De "Copo Sujo" para "De frente pro crime", célebre canção do João Bosco. A letra parece que foi feita sob encomenda para a situação vivenciada no bar.
E vocês, meus caros, o que acham?
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=xkAGtz8lKDw
Uma cena insólita rouba a minha atenção. Uma morena, de unhas negras e íris cor de mel, lambuza-se com um torresmo. Eu receberia as piores gorduras dos seus lindos lábios. A gordura goteja feito ácido, como também era o entardecer na Paulicéia.
O filme Barfly, originalmente gravado nos EUA, encontraria um cenário ideal no Copo Sujo, caso os produtores resolvessem produzir um remake nacional. O "Velho Safado" ficaria lisonjeado com a paisagem e toda a sua fauna humana.
Minutos depois, confusão na rua. Briga generalizada. Um cidadão está estirado no chão. A fuzarca é geral! Nem a briga é capaz de ofuscar a movimentação. Crianças empinam pipa na rua. O churrasquinho de gato na frente do bar continua tranquilamente e "la dolce vita" segue radiante. Como diria o locutor esportivo, "siga la peleja".
Depois de todo fuzuê, enfim, chega a hora de tirar o time de campo. Penso em sugerir para o proprietário a mudança do nome do bar. De "Copo Sujo" para "De frente pro crime", célebre canção do João Bosco. A letra parece que foi feita sob encomenda para a situação vivenciada no bar.
E vocês, meus caros, o que acham?
Haikai do dia: "Uma morena, de unhas negras e íris cor de mel, lambuza-se com um torresmo. Eu receberia as piores gorduras dos seus lindos lábios. A gordura goteja feito ácido, como também era o entardecer na Paulicéia". Que COISA, heim Gustavo??? hahaha bj
ResponderExcluir... como sempre me lembrou aquele dia que não estava combinado..aliás combinar coisas nunca foi meta do nosso time, que jogava conversa no ataque ..ataque rápido como aquele nunca ví,uma mão no copo ,outra no naco ,sempre sobrava um beiço a lamber o prato,até que o nosso avante começou comer tudo que pintar,rabo de porco,custela ,pirão ,peba,sifronê,torresmo de tamanduá..tudo isso na receita da dona do bar. Mas ele não afrouxo ,e só pra desliza ,mando jurubeba com cerveja e licor de cajá ..depois olhou bem como a me aponata , e disse - o cara vai ou naõ vai vir o vatapá...pensei e disse comigo ''valei me nossa senhora ..hoje a rede vai fura....quando chegou os tremossos ,de finihno fui desaguá..de lá do privado deu pra escuta ..o nego a guapá.. qunado voltei a mesa ,uma garrafa de guaraná..nosso centro avante,com o zóio fundo ,dava dó só de oiá. o bicho estava esmurecido numa derrota de lascá... demoro mas entendi porque CHIQUERINHO éra o nome daquele BAR... (São Carlos outono 1998).
ResponderExcluir"Cronista/Blogueiro/Romantico...cada dia você me surpreende mais meu amigo. Queria ser uma mosca prá observar como as coisas acontecem nesses seu momentos de criação...rs. Bjs!!!
ResponderExcluirMeiri