Pergunte ao pó

Salve, salve meus caros amigos!

Eu e os meus perplexos botões tentamos entender o fatídico episódio da apreensão de 450 quilos de cocaína num helicóptero de propriedade da família Perrela.

Conjecturamos e imaginamos, se por acaso, fossem outros os atores sociais envolvidos -- perdão pelo eufemismo; para bom entendedor meia palavra basta.

E se fossem negros? E se fossem pobres? E se fossem sem-tetos? -- pergunto diante do silêncio suspeito da mídia tupiniquim.

Silêncio ou complacência?

Caetaneio nos meus prognósticos, pois seriam "tratados como pretos/só pra mostrar aos outros quase pretos (E são quase todos pretos)/e aos quase brancos pobres como pretos/como é que pretos, pobres e mulatos/e quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados".

Imagino os acusados diante da ameaça despótica de repórteres de programas policiais sensacionalistas.

Ora bolas, Poliana! Quanta ingenuidade!

Apontar que é possível mudar de canal a hora que quiser. Que temos liberdade de escolha, quando sabemos verdadeiramente que existe uma política fisiológica de concessões para os meios de comunicação de massa.

Que grandes conglomerados monopolizam o universo midiático.

Contos da carochinha! Não seriam relações espúrias de poder?

Quanta tolice, cara pálida! Raulzito já nos alertava há dez mil anos atrás: "eu não preciso ler jornal/mentir sozinho eu sou capaz".

"Esse silêncio todo me atordoa/atordoado eu permaneço atento" na mídia burguesa.

É John Fante, já que ninguém sabe, pergunte ao pó.

Rosebud...Rosebud...Rosebud...

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