A peleja da Virada Cultural com a "Noite branca" parisiense



Em solo parisiense, na “noite branca”, ouve-se as discípulas de Edith Piaf, tomando-se um vinho provençal/Em SP, sem esse espírito blasé, ouvimos Caetano Veloso e companhia na Virada Cultural.

Se eles, os franceses, tem o lirismo do Mallarmé, não ficamos para trás e na Barão de Limeira arrebentamos com o experimentalismo do Tom Zé.

Se, por acaso, blasfemarem que tiveram Sartre e o existencialismo há anos/Eu os repilo, pois temos num palco, o Paulinho Boca de Cantor interpretando os Novos Baianos.

Não me venha com esse papo, que com as cantigas francesas todo mundo pira/Vocês que nunca desfrutaram, no Palco República, da Orquestra Paulistana de Viola Caipira.

Ora bolas, que diabos de Simone de Beauvoir e “O segundo sexo”/Diacho, aqui temos Maria Alcina no Arouche, para deixar fundamentalista, é perplexo.

Lutar contra a Argélia, desculpa aí, mano, mas para mim é fratricida/Aqui compatriota nosso, curte na Júlio Prestes, o som envolvente do Emicida.

Serge Gainsbourg foi um ícone, eu reconheço/mas lá no Municipal terá o Ira num eterno recomeço.

Vocês têm Voltaire, Rousseau, Baudelaire e muitos outros pensadores/No Sesc Ipiranga terá Fausto Fawcett, Xico Sá e outros trovadores.

Cáspita, eu sei que ele não é francês, o Mastroianni/Só que para resgatar a Jovem Guarda, na São João, teremos é o Jerry Adriani.

E sem esse mimimi de Verlaine e Rimbaud/No Anhangabaú teremos os poetas suburbanos e demorô.

Bora lá, monsieur!!!

Comentários

Postar um comentário