Os gatunos do Anhangabaú são lépidos como os coelhos. Se reproduzem também com a mesma facilidade e quiçá, compartilham tenebrosamente do mesmo destino. Como os roedores, podem, por algum descuido, se transformar num guizado nas mãos da polícia.
Os gatunos do Anhangabaú
não são autóctones. Geralmente migram de uma outra região. No entanto, depois
de estabelecidos na região, são fiéis defensores da sua circunscrição.
No frenesi de uma tarde de
verão, esperam sorrateiramente a sua próxima vítima.
São criteriosos. Não agem
por impulso, como os gatunos de outras regiões.
É necessário
distingui-los.
É um erro crasso confundir
um gatuno do Anhangabaú com um felino da Sé. Embora, à primeira vista, sejam
semelhantes, os gatunos do Anhangabaú conservam traços peculiares.
Os gatunos do Anhangabaú
são bressonianos na sua estética.
Os gatunos da Praça
Clóvis, que atuam nas imediações do Poupa Tempo, por exemplo, são
reichenbachianos.
Na Praça da República os
gatunos têm o espírito alvissareiro. Abusam da cabotinice. Atitude totalmente
reprovada pelos gatunos do Anhangabaú.
Os gatunos do Anhangabaú
são altaneiros e pagam um preço alto por isso.
Na moda, à guisa da indumentária, divergem dos companheiros de profissão do Palácio dos Bandeirantes.
Os palacianos, majoritariamente de ternos, redundam na deselegância travestida de charme.
Os gatunos do Anhangabaú, para o deleite dos estilistas, são vanguardistas.
São feitos os cães sem plumas, do João Cabral de Melo Neto, mas ditam os estilos.
Os gatunos do Anhangabaú, por instinto de sobrevivência, são refratários a outras categorias de crime e castigo.
Desconhecem as cifras milionárias dos larápios do capital volátil.
Tampouco, cogitam retornar à categoria dos ladrões de "bicos de bípedes palmídes", como vomitaria Ruy Barbosa.
Equilibram-se no meio-fio da existência.
Os gatunos do Anhangabaú, contrários ao Meneghetti, detestam telhados e são vistos, com uma certa frequência, bebericando uma cerveja nos bares da Xavier de Toledo.
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Os gatunos do Anhangabaú, para o deleite dos estilistas, são vanguardistas.
São feitos os cães sem plumas, do João Cabral de Melo Neto, mas ditam os estilos.
Os gatunos do Anhangabaú, por instinto de sobrevivência, são refratários a outras categorias de crime e castigo.
Desconhecem as cifras milionárias dos larápios do capital volátil.
Tampouco, cogitam retornar à categoria dos ladrões de "bicos de bípedes palmídes", como vomitaria Ruy Barbosa.
Equilibram-se no meio-fio da existência.
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