Ela partiu


A carne é fraca, camará!

Fraca, "idiota e insana", complementa o Sinistro da Agricultura, depois de um suculento rodízio de carne importada no restaurante mais caro de Brasília.

Parcos e ébrios leitores, em época de ácido ascórbico em alimentos, de papelão em lotes de frango e otras cositas más, nós, devotos empedernidos do churrasco grego do Largo do Paissandu e do pernil do Estadão, pedimos clemência.

Clemência, uma ova! - esbraveja o cidadão paulistano degustando um dogão nos arredores da Praça da República.

Só o síndico Tim Maia me entende nessas horas. Sou réu confesso.

"Eu fui o culpado, rogo o seu perdão".

Pois é, eu que "há quanto tempo desejo seu beijo molhado de maracujá" e estava "me guardando pra quando o carnaval chegar", não a vi passar.

Ela, a mais nabokiana das atrizes. A nossa Lolita dos tristes trópicos.

Na Rua do Triunfo conheci o fracasso retumbante.

Eu, como bem ilustra a foto acima, à esquerda, dando milho aos pombos, pensando na reforma da Previdência e na morte da bezerra, não fui contemplado pela epifania.

Argh! Argh! Argh! Haja interjeição para exprimir o meu universo em desencanto.

Pois é, Síndico, "ela partiu, partiu e nunca mais voltou".

"Se souberem onde ela está/Digam-me e eu vou lá buscá-la/Pelo menos telefone em seu nome/Me dê uma dica, uma pista, insista".

A carne é fraca, solitários e renitentes leitores.

Comentários

  1. Domingo ela não vai
    Vai, vai
    Domingo ela não vai não
    Vai, vai, vai

    kkkkkkkkk

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  2. AÊ Gustavo, atuando "entremeio" as Globais hein! kkkkkkkkk

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  3. Boa!!! Lendo sua história lembrei de um filme que assisti outro dia no HBO - Apagar Histórico. Filme maluco que dialoga com seu texto! Abração

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  4. Salve, salve Carlão!
    Obrigado ela dica.
    Abraços

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